Compulsão alimentar:: assinatura
Psicóloga Adriana de Araújo
É preciso
tratar a compulsão alimentar para emagrecerNo livro O Segredo para Emagrecer, a
psicóloga Adriana de Araújo dedica um capítulo ao tema“Ataques noturnos” à
geladeira...Falta de controle para parar de comer, mesmo estando saciado...Na
hora do desespero, come-se qualquer coisa, é um comer sem vontade...Estas são
algumas das queixas que a psicóloga Adriana de Araújo, autora do livro O Segredo
para Emagrecer, editado pela Universo dos Livros, ouve com freqüência em seu
consultório. Todas relacionadas ao comer compulsivo. “Para diagnosticarmos o
comer compulsivo é preciso que os comportamentos descritos anteriormente sejam
recorrentes, ou seja, aconteçam com freqüência e estejam associados à perda de
controle do paciente”, explica a psicóloga. Quando pensamos em compulsão
alimentar ou comer compulsivo, estamos nos referindo à pessoa que come uma
grande quantidade de alimentos rapidamente, perde o controle e não consegue
interromper a refeição mesmo quando se sente plenamente saciada. “Para
caracterizar esse comer como doença é preciso que ocorra pelo menos duas vezes
por semana”, afirma a profissional. Não se caracteriza como comer compulsivo o
fato de a pessoa comer três ou quatro pratos de macarronada num almoço de
domingo, sentindo prazer durante a refeição e consciente de que está exagerando
na quantidade. Pacientes com comer compulsivo referem-se sempre à perda de
controle. Se servem a primeira vez, e repetem e repetem, pois não conseguem
parar de comer. “Apesar da sensação de empanturramento, muitos continuam comendo
até vomitar”, diz a Adriana de Araújo.Outra face da compulsão alimentar é a
síndrome alimentar noturna, doença que vem sendo muito estudada nos últimos
anos. “Ela acomete pessoas que seguem, sem nenhum esforço, hábitos alimentares
normais durante o dia, mas, à noite, despertam com a necessidade de ingerir
algum alimento. Em geral, nessas ocasiões, ingerem alimentos hipercalóricos,
como os doces e os ricos em gordura, que não fazem parte da dieta usual desses
pacientes”, afirma a autora do livro. O aparecimento do comer compulsivo é mais
freqüente na segunda ou terceira década de vida. Tem como desencadeadores ou
facilitadores tanto os eventos bons quanto os ruins. Pode ser originado, por
exemplo, pela frustração causada pelo casamento ou pela separação, pela
insegurança gerada pela perda de emprego ou pela promoção no trabalho. Estudos
revelam que a prevalência é igual nos dois sexos, mas as mulheres procuram mais
o tratamento do que os homens. “Elas buscam o tratamento não porque estejam
preocupadas com os episódios de compulsão alimentar, mas porque estão
preocupadas com os sinais de sobrepeso ou obesidade. Em geral, os homens não se
incomodam com isso”, explica Adriana de Araújo, que também é
hipnoterapeuta.Tratando o problemaO tratamento destes pacientes inicia-se,
sempre, pela reeducação alimentar. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia,
seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde, não recomenda a
prescrição de dietas de baixo valor calórico, mesmo para as pessoas com
sobrepeso e obesidade. “O que se faz é tentar ensinar este paciente a adequar
alimentos de valor calórico corretos a horários de refeição também corretos”,
diz a psicóloga. Isto significa que os alimentos próprios do café da manhã devem
ser ingeridos no café da manhã; os do almoço, na hora do almoço e os o jantar,
na hora do jantar. Outra medida importante é comer alguma coisa nos intervalos
entre as três refeições principais. Agindo assim, mesmo que valor calórico do
alimento seja baixo, o corpo irá perceber que está sendo constantemente
alimentado. “O objetivo deste trabalho é educar o relógio biológico em relação
aos horários alimentares para a pessoa perceber que é capaz de controlar os
episódios de compulsão e de atingir um nível satisfatório de saciedade”, diz
Adriana.Se a orientação nutricional falhar, o próximo passo é identificar
fatores psicológicos, crenças ou pensamentos que possam estar desencadeando os
episódios de compulsão. “O tratamento psicoterápico cognitivo-comportamental
ajuda a desenvolver comportamentos que previnem o aparecimento desses episódios.
Nos casos em que o fator psicológico desencadeia a compulsão, é preciso
trabalhar o sentimento de frustração, a autocrítica e a auto-avaliação como
forma de prevenir o comportamento compulsivo”, explica a profissional. O
terapeuta pode auxiliar o paciente a elaborar uma lista de soluções viáveis para
enfrentar os momentos de compulsão. “Existem algumas técnicas que ajudam: ler um
livro, ouvir música, sair de casa, andar de bicicleta. Uma vez posta em prática
uma delas, 30 ou 40 minutos depois, terá desaparecido a vontade de comer, isso
se ele não estiver realmente com fome e já tiver corrigido os maus hábitos
alimentares”, afirma
Adriana.PSICLÍNICA - Endereço: Avenida Macuco, 726,Conjuntos 1104/1105. Moema,
São Paulo, SP.WE CARE - Endereço: Rua Barão de Teffé, 405. Anhangabaú, Jundiaí,
SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário